Você foi mistificado
E se achou, e se pensou
Que por acaso, de alguma forma
Eu vou sofrer, que vou chorar
Que vou ficar, me embriagar
Me acabar, me esconder
Pra ver você, no bem e bom
Se por acaso, bem por acaso
Você pensou, que lá no fundo
Bem lá no fundo, eu me torci
Me revirei, me torturei
Então meu bem, melhore mais
O teu pensar, o teu achar
Que nem sequer bateu no meu
Se colidiu, se combinou
E se achou, e se pensou
Que desse jeito, ficando assim
Deixando assim, falando nada
Calando a alma, calando a boca, calando a fala
Eu me esqueci, de que você,
No mês passado, deixou de lado,
Tá enganado, muda de lado, volta pra cá
Que eu vou dar, um sai pra lá
E se pensou, se tu achou,
Que se voltar, vou te abraçar
Cê vai sonhar, noutro lugar
Longe daqui, quem sabe ao pasto
Com tuas vacas
Com tuas falas
Com tuas malas, você é mala, é muito mala
E se voltar, se aqui passar,
Não vou estar, hoje não
Mas mês que vem, vou te olhar
Cumprimentar, vou acenar
Cê vai saber, que sem você
Eu vou viver,
Sem me foder
Pra quem você passou a ser
Se perguntar, já vou falar
Vou mesmo, que com você
Foi só um tempo, e com os outros
Se eu quiser, vai ser o mesmo
Agora vai, não volta mais
Desaparece
Porque de trouxa, é só você
Que transparece
E com carinho, te deixo aqui,
Nesse textinho, bem bonitinho
Só pra tu ver, que pelo menos
Nos meios termos, meus sentimentos...
Eu me despeço, eu te deserdo
E reconheço, melhor viver
Melhor fazer, melhor crescer
E de uma vez,
Adeus você.
Eduardo Cigaloti
Eduardo Cigaloti